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Os Cavaleiros do Zodíaco: The Lost Canvas | A história que Masami Kurumada não conseguiu contar!

Fábio Sohfer


O aclamado novo mangá (pelo menos por mim) Saint Seya: The Lost Canvas (publicado aqui no Brasil pela JBC como Cavaleiros do Zodíaco: The Lost Canvas - A Saga de Hades). TLC (vou chamar assim daqui por diante) foi um sopro de vitalidade na série clássica, onde Masami Kurumada (autor original da série) deu a oportunidade a uma jovem autora, nesse caso Shiori Teshigori, a ajuda-lo a contar o que aconteceu na guerra santa anterior à saga atual.

A série teve início em 2006 tendo o seu encerramento em Abril de 2011, e conta com 223 capítulos reunidos em 25 volumes encadernados. Shiori Teshigori é dona de um traço belíssimo, milhares de vezes melhor que o de Masami, e às vezes até poluído devido ao excesso de detalhes. A série começou com Kurumada e Shiori dividindo o roteiro que depois foi passado integralmente a Shiori.

O mangá conta com uma trama envolvente, no qual mostra de forma mais dramática os sentimentos dos envolvidos na guerra santa, tanto cavaleiros quanto espectros. A série enfoca o antigo Cavaleiro de Bronze de Pégaso, Tenma que é órfão como Seiya, e tem uma ligação forte com Alone, o hospedeiro de Hades na época, e com Sasha, a reencarnação de Atena, que moravam no mesmo orfanato que Tenma. Apesar de novos rostos a série conta com outros dois bem conhecidos, são eles Dohko de Libra e Shion de Áries quando acabam de se tornar cavaleiros de ouro.

Essa japonesinha conseguiu dar uma profundidade única à história e a cada personagem, conseguindo construir uma batalha em linha crescente e sem preocupação com o tempo, assim pode desenvolver lutas memoráveis (vide Cavaleiro de Ouro de Peixes Albafica X Minos juiz do inferno), ao contrário de Masami que só fazia lutas que se encerravam em malditas 12 horas.

Ao invés de tentar inventar coisas sem motivo, a autora resolveu explicar eventos ou fatos que são pouco desenvolvidos pelo digníssimo Masami, como o fato de explicar a origem do rosário de Shaka, a razão dos cavaleiro de Touro se chamarem Aldebaran, a beleza dos cavaleiros de Peixes e muitos outros que enriquecem ainda mais a obra.

Apesar do Pégaso ser novamente o protagonista quem realmente rouba a cena são os Cavaleiros de Ouro, todos poderosíssimos e que são testados até o limite em lutas memoráveis. Esqueça Afrodite e Máscara da Morte, o Peixes e o Câncer dessa época são guerreiros virtuosos e extremante fiéis a Athena sem falar nos seus golpes que são muito mais poderosos e bem mais explorados.

É claro que nem tudo são flores no mangá, os cavaleiros de ouro têm os traços muito parecidos com os atuais, exigência de Masami para enfatizar o fato deles reencarnarem(!?), alguns clichês da série original são utilizados como os gêmeos bom e mal, o cavaleiro de Virgem ficar de olhos fechados (apesar que para esse ela arrumou uma saída). Mas por incrível que pareça esses ciscos passam batidos em compensação ao que a trama aborda de novo e o que agrega a mitologia da série, fato de não muita preocupação por Kurumada.

As minhas palavras podem parecer meio pesadas em relação à Masami, mas não se enganem. Masami nos meados de 1989 conseguiu com uma série simples arrebanhar milhões de fãs pelo mundo, apesar da história ser mais rasa que uma colher de chá, a série é clássica e eu como fã gosto muito.

Finalizando, quem não teve oportunidade de ler o mangá, leia. O mangá foi publicado aqui no Brasil bimestralmente pela Editora JBC e teve distribuição nacional, sendo assim você pode achá-lo por sebos aí na sua cidade ou pedir por aqui ou acompanhar os resumos dos capítulos da série no site CavZodíaco.

Para você que gosta de Cavaleiros do Zodíaco, Mangá shonen, ou quer dar uma oportunidade a um novo estilo é uma boa pedida. E tenha a certeza de que não irá se arrepender, palavra de honra desse blogueiro que vos escreve.

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